Índice de 97,6% de reciclagem da lata confirma Brasil no topo do ranking mundial

dezembro 26, 2011



A reciclagem de latas de alumínio surpreendeu novamente e manteve, em 2010, o nível levado e recorde do ano anterior

Pelo décimo ano consecutivo, o Brasil é o campeão mundial de reciclagem de latas, com um índice de 97,6% das embalagens comercializadas no país, apenas 0,6 ponto percentual menor do que o registrado em 2009. O anúncio foi feito em Brasília pelo diretor executivo da Abralatas, Renault Castro a esquerda na foto, e pelo coordenador da Comissão de Reciclagem da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), Hênio De Nicola a direita.

A manutenção de um índice próximo a 100% representa, na opinião da Abralatas, que o modelo de logística reversa adotado pela indústria está perto do ideal. “Tivemos um fator, em 2009, que impactou o índice para cima: a utilização de sucatas estocadas no ano anterior por causa da queda mundial no valor das commodities (alumínio). Mas o índice de 2010 se manteve alto. A explicação é que o sistema funciona, é um modelo que pode servir de exemplo para a coleta de outros materiais”, avalia Renault Castro.

Para Hênio De Nicola, o resultado mostrou que toda a cadeia da reciclagem se adaptou ao crescimento da produção e comercialização de latas no país. “Houve um aumento de 21% no volume de latas vendidas no Brasil em relação a 2009. Isso representa 40 mil toneladas a mais, coletadas por um sistema eficiente, capacitado, que se profissionaliza cada vez mais”, afirmou. Segundo a Abal, a reciclagem de latas injetou R$ 1,8 bilhão na economia brasileira em 2010, sendo R$ 555 milhões diretamente na coleta. “Se fosse uma empresa, a “Coleta S.A.” estaria entre as 700 maiores do Brasil”, comparou Hênio.

Catadores – O diretor executivo da Abralatas destacou que ainda há um potencial para melhorar a renda do catador, especialmente se houver capacitação. “Estamos trabalhando para apoiar, cada vez mais, a profissionalização do catador e sua organização em cooperativas. Houve um crescimento pequeno, mas significativo, de dois pontos percentuais na participação das associações, cooperativas e ONGs na coleta de latas. Mas ainda é muito pequeno o volume entregue diretamente por esse grupo à indústria”.

Renault lembra, ainda, dois fatores que estão colaborando para mantero índice elevado: maior número de cidades com programas permanentes de coleta seletiva e a maior conscientização da sociedade sobre questões de sustentabilidade. “Acreditamos que o número de municípios com coleta seletiva vai crescer com a implantação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Mas precisamos garantir a participação dos catadores nesse processo. Sem eles, o sistema não funciona”.

Via: Abralatas

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