Messe Frankfurt Exhibion GmbH / Thomas Fedra

Sempre que penso no Natal, me vem à mente aquela mistura de cores, brilhos e memórias afetivas. Mas acompanhar o que foi apresentado na Christmasworld 2025, a maior feira internacional de decoração natalina, me fez perceber que as tendências para os próximos anos vão muito além dos enfeites — elas falam também de valores e de como nos relacionamos com o mundo.

Messe Frankfurt Exhibion GmbH / Thomas Fedra

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O que mais me chamou atenção foi ver como três conceitos centrais — sustentabilidade, natureza e otimismo — foram traduzidos em estilos diferentes. É como se o Natal ganhasse novas vozes, novas possibilidades de se expressar.

Deep: a calma que encanta

Esse estilo me lembra um mergulho silencioso, quase meditativo. Os designers buscaram inspiração em formas fluidas, como gotas d’água e nuvens. As cores vão do azul profundo ao dourado acetinado, criando uma atmosfera tranquila e sofisticada.

Na minha visão, o Deep traduz bem aquele desejo de desacelerar no fim do ano, de encontrar beleza na simplicidade e na contemplação.

Real: a força da simplicidade sustentável

Aqui o foco está na honestidade dos materiais. Plásticos reciclados, impressão 3D e elementos pensados para durar mais do que apenas uma temporada. A paleta traz verdes, amadeirados e tons suaves, que reforçam a ideia de naturalidade.

Quando vi essa proposta, pensei no quanto faz sentido para nós buscarmos um Natal mais consciente, que valorize o artesanato local e a reutilização. É como dizer: “não precisamos de excesso para celebrar, precisamos de significado”.

Ease: a leveza criativa que inspira

Esse foi, sem dúvida, o estilo que mais me despertou sorrisos. É vibrante, divertido e despreocupado. As cores — azul céu, amarelo limão, roxo ameixa — são um convite à ousadia.

Para mim, o Ease tem muito a ver com o nosso jeito brasileiro de viver o Natal, cheio de calor, cor e descontração. É sobre experimentar combinações inesperadas e deixar que a criatividade brinque livremente.

Muito além da decoração

O que fica claro é que o Natal não está mais sendo pensado apenas como um momento de consumo. A Christmasworld mostrou que o design pode (e deve) carregar propósito.

E eu confesso que isso me inspira: pensar que cada detalhe da decoração pode refletir nossas escolhas, nossa consciência e até nossa esperança de um futuro melhor.