Will Eisner: um sonhador nos quadrinhos mostra trajetória de uma lenda das HQs
agosto 30, 2013
Ficha técnica
Título: Will Eisner: um sonhador nos quadrinhos
Autor: Michael Schumacher
Tradução: Érico Assis
Gênero: Biografia e memória
Páginas: 424
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 59,90
ISBN: 978-85-250-5421-0
Editora: Biblioteca Azul Biografia do quadrinista Will Eisner, criador do personagem Spirit e do termo "graphic novel", faz um retrato da evolução do cartunista e da arte que ele ajudou a criar: os quadrinhos
Com mais de 50 anos de carreira, personagens marcantes como o detetive Spirit, e ideias que revolucionaram a forma de contar histórias em quadrinhos, Will Eisner foi um pioneiro que alçou as HQs ao status de "nona arte". Não é à toa que a principal premiação internacional para esse tipo de publicação leve seu nome, o Eisner Award. A biografia Will Eisner: um sonhador nos quadrinhos, escrita por Michael Schumacher, traça a longa trajetória de vida, arte e trabalho desse cartunista que fez das ruas de sua Nova York um rebuscado mundo de paixões, frustrações, alegrias, medos e experiências.
Schumacher teve acesso ao arquivo pessoal de Will Eisner (que morreu em 2005, aos 87 anos) e falou com várias pessoas que trabalharam e conviveram com ele, entre colegas de trabalho, admiradores, amigos e parentes (incluindo sua esposa, Ann). Com as informações reunidas, que incluem imagens de Eisner e de alguns de seus principais trabalhos, a biografia faz um retrato pessoal, profissional e artístico do cartunista, e também da evolução da forma de contar histórias que ele mais amava: os quadrinhos.
Eisner precisou começar a trabalhar cedo, aos doze anos de idade, para ajudar a família durante a Grande Depressão de 1929. Para tristeza da mãe, Will sabia desenhar, coisa de vagabundo, na época. Nessa fase de aprendizado, projetos frustrados e pouco dinheiro, ele trabalhou com artistas que pouco depois fariam história como ele, como Bob Kane (Batman) e Jack Kirby (Capitão América, Thor, Hulk, X-Men). Quando chegou à maioridade, pouco antes de estourar a Segunda Guerra Mundial, montou um estúdio próprio. Nem mesmo se abalou quando dispensou uma criação da dupla Jerry Siegel e Joe Shuster, que lhe pediu a história de um sujeito com grandes poderes e roupa colante (Super-Homem). Pouco depois, criou o detetive Spirit, que revolucionou os quadrinhos com seu visual rebuscado, enquadramentos de cinema, roteiros sofisticados e muito humanos.
Will Eisner: um sonhador nos quadrinhos também trata de um dos períodos menos conhecidos da carreira do artista, os vinte anos que desenhou e editou manuais educativos para o Exército. Isso se deu com o fim das histórias do Spirit, em 1952. Eisner ainda acreditava no potencial artístico e educativo das HQs, mas setores conservadores da sociedade americana colocavam na conta dos quadrinhos uma má influência sobre a juventude e criaram uma rígida censura contra ela em nome da "moral e dos bons costumes".
Eisner aprendeu muito sobre a própria arte e foi maturando dentro de si uma segunda revolução que faria nos anos 1970. Em 1978, após dois anos de trabalho intenso e silencioso (todos achavam que tinha se aposentado), publicou Um contrato com Deus e cunhou o termo "graphic novel" (novela gráfica), um conceito novo de história em quadrinhos para adultos que seria adotado por todas as gerações futuras. Como disse Stan Lee, presidente emérito da Marvel Comics e admirador de Eisner, "não somente um artista e um desenhista fantástico, mas também um contador de histórias brilhante, Will Eisner ajudou a transformar a imagem do outrora modesto livro em quadrinhos no atualmente tão respeitado meio da arte sequencial".
O autor
Michael Schumacher, autor norte-americano, tem mais de dez livros publicados. Entre eles, biografias de Allen Ginsberg, Eric Clapton, Phil Ochs, George Mikan e Francis Ford Coppola.
Via: Editora Globo Livros
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