Os melhores figurinos do cinema - Anos 40 e 50

fevereiro 12, 2011

Em 1948, a Academia do Oscar incluiu entre a premiação, o Oscar de melhor figurino. Nesse ano essa categoria era dividida em duas: filme preto e branco e colorido, foi assim até os anos 60, depois foi extinto o Oscar de melhor figurino para os filmes que não fossem coloridos.
Na categoria de filme preto e branco, temos o figurino do filme Hamlet criado pelo figurinista Roger K. Furse que levou a estatueta.


 O Príncipe dinamarquês finge-se de louco e abandona a noiva Ofélia, para vingar a morte do pai, que lhe aparece como fantasma, denunciando os assassinos. Sir. Laurence Oliver realizou uma das mais feliz adaptações da obra prima de Sheakespeare, que imortalizou o personagem sonhador e contemplativo levado pela fatalidade à ação violenta em meio a cruéis dúvidas e hesitações. Reduzindo o texto Oliver manteve a carga emocional e filosófica, usando a câmera com inteligência. Ganhador de quatro Oscars.






Ainda em 1948, na categoria de filme colorido, Joana D´Arc leva o prêmio por seu figurino criado por Dorothy Jeakins e Karinska.

 A guerra dos cem anos tem assolado a França, que vem perdendo sucessivas batalhas e não consegue coroar seu rei, pois a cidade está completamente invadida pelos cavalheiros ingleses. Uma jovem de 14 anos, Joana (Ingrid Bergman) tem escutado vozes que a chamam para comandar um exército francês à vitória. Já crescida, o Delfin da França (Jose Ferrer) em audiência decide enviá-la para o campo de batalha. Ela guia os franceses à vitória enfrentando intensas batalhas, até que finalmente a cidade real volta ao poder da frança e, seu rei é finalmente coroado. Mas ela é traída e entregue aos ingleses, que a levam ao tribunal da igreja acusada de heresia e a condenam à fogueira por não submeter-se a eles.




 Em 1949, a figurinista Edith Head começa o seu trajeto e se torna uma lenda em relação aos figurinos de Hollywood. No filme A Herdeira, ela leva o seu primeiro Oscar na categoria filme em preto e branco.


Nova Iorque, meados do século XIX. Catherine Sloper, jovem pouco dotada e filha de um médico rico e déspota, Austin Sloper, leva uma existência insignificante, na companhia do seu pai e da sua tia Lavinia. A sua vida triste e aborrecida dá uma volta quando se cruza com Morris Townsend, jovem e atraente cavalheiro, que se torna seu pretendente e pelo qual ela se apaixona perdidamente. O doutor Sloper, que apenas vê nele um oportunista em busca de fortuna, opõe-se rotundamente à relação.

DVD não disponível no Brasil.




Na categoria de filme colorido, As aventuras de Dom Juan leva o Oscar de melhor figurino, criado pelas figurinistas Leah Rhodes, Travilla e Marjorie Best.





 Iniciando os anos 50, temos novamente a figurinista Edith Head levando a estatueta com o figurino do filme A Malvada, na categoria filme em preto e branco.

O diálogo é inteligente, os personagens... Extraordinários, a direção... Perfeita e a produção uma das melhores da 20th Century Fox, no cativante filme de Joseph L. Mankiewicz (Variety), vencedor do Oscar® de Melhor Filme. Desde o momento em que vislumbra seu ídolo na porta do teatro, Eve Harrington (Anne Baxter) dirige-se impiedosamente rumo a seu objetivo: arrebatar as rédeas do poder da grande atriz Margo Channing (Bette Davis). A astuta Eve manobra seu caminho para tomar o lugar de Margo (Gary Merrill) na Brodway, causa sensação e interfere na vida do namorado de Margo, o escritor de suas peças (Hugh Marlowe) e sua esposa (Celeste Holm). Apenas o cínico crítico de teatro (o vencedor do Oscar®, George Sanders) consegue perceber as intençoes de Eve, admirando sua audácia e o padrão perfeito de dissimulação. Thelma Ritter e Marilyn Monroe coestrelam este celebrado clássico, que venceu seis Oscar® e recebeu o maior número de indicações ao Oscar® da história do cinema - 14 indicações.




 Adivinhem quem ganhou o Oscar na categoria filme colorido? Edith Head novamente, juntamente com Dorothy Jeakins, Elois Jenssen, Gile Steele e Gwen Wakeling, pelo filme Sansão e Dalila. Em 1950 não teve para ninguém mesmo, deu Edith Head na cabeça.


A História dos personagens do Velho Testamento, Sansão e Dalila, é mostrada aqui de modo monumental e com riqueza de detalhes. O épico de Cecil B. DeMille possui cenas memoráveis, como a destruição do templo dos filisteus e cenários que até hoje impressionam por sua suntuosidade. Victor Mature e Hedy Lamarr interpretam Sansão e Dalila com brilhantismo e emoção. Um filme obrigatório para todos os amantes da 7ª arte. 



 Em 1951, Edith Head novamente abocanhou o Oscar de melhor figurino para filmes em preto e branco com o filme Um lugar ao sol, onde ela desenhou o maravilhoso vestido com violetas brancas para Elizabeth Taylor que estava no auge de sua beleza.

A bela adaptação de George Stevens, do livro Uma Tragédia Americana, de Theodore Dreiser, ganhou seis Oscar® da Academia (incluindo Melhor Diretor e Melhor Roteiro) e garantiu a imortalidade para os apaixonados Montgomery Clift e Elizabeth Taylor. Clift estrela como George Eastman, um pobre jovem decidido a obter status na respeitável sociedade e também o coração da bela socialite (Elizabeth Taylor). Shelley Winters vive a operária cujo segredo ameaça as ambições profissionais e românticas de Eastman. Consumido pelo medo e pelo desejo, Eastman é fatalmente levado a um desesperado ato de paixão, que destrói seu mundo para sempre.





Na categoria de filme colorido, Sinfonia de Paris leva o Oscar, pelo figurino criado pelos figurinistas Orry-Kelly, Walter Plunkett e Irene Sharaff.




Um dos musicais mais charmosos da história do cinema, o filme narra o romance entre um ex-soldado americano (Gene Kelly), que se tornou pintor na capital francesa, e uma balconista de loja (Leslie Caron) . Conquistou seis Oscar, destacando-se a bela trilha sonora com canções de George Gershwin. 




 Em 1952, o filme Assim estava escrito leva a estatueta pelo melhor figurino na categoria filme em preto e branco, criado por Helen Rose.




O egocentrismo e o egoísmo de um produtor de cinema são vistos através dos olhos de diversas pessoas, como um roterista, uma atriz e um diretor 









 Na categoria de filme colorido, o filme Moulin Rouge leva o prêmio pelo figurino de Marcel Vertes, apesar do nome esse filme, a história nada tem haver com a versão mais recente estrelada por Nicole Kidman.



 Muito antes de Baz Luhrmann, mestre Huston fez seu "Moulin Rouge", mas aqui o famoso cabaré francês serve apenas como ambiente para contar a dramática história do pintor Henri de Toulouse-Lautrec. Pequenino, com pés deformados desde criança, Lautrec vai ao Moulin para beber e desenhar as dançarinas. É quando conhece uma jovem por quem se apaixona loucamente a ponto de seu amor atrapalhar suas habilidades artísticas, seu nome e posição na família.




 Em 1953, Edith Head recebe mais um Oscar para sua coleção com o filme A princesa e o plebeu, na categoria preto e branco.



 Cansada de sua vida como nobre, a Princesa Ann troca seus deveres reais por uma aventura em Roma. Lá, conhece o correspondente americano Joe Bradley que a acompanha em sua estada na cidade fingindo não reconhecê-la. Para Bradley, Ann é nada mais do que uma boa matéria. Mas ele não planejava se apaixonar por ela e viver o romance de sua vida. 





 Na categoria de filme colorido, o filme O manto sagrado, leva a premiação pelo figurino desenhado por Charles LeMaire e Emile Santiago.



O épico de Henry Koster foi o primeiro filme a adotar o formato cinemascope. Na trama, um centurião que venceu a disputa pelo manto de cristo, após a crucificação, apresenta mudanças de comportamento. 



 Em 1954, temos uma grande injustiça cometida pela Academia na premiação do Oscar de melhor figurino, no filme Sabrina, o figurino que Audrey Hepburn usava eram todos criados por Givenchy, amigo pessoal da atriz e que foram escolhidos por ela. No entanto, foram executados no departamento de figurino dos estúdios Paramount que tinha Edith Head como responsável, a figurinista que já havia ganho um renome dentro de hollywood, se recusou a dividir os créditos da criação de figurino com Givenchy, que era apenas um jovem estilista desconhecido, mas recebeu o Oscar de melhor figurino em preto e branco, mesmo sem ter esse mérito.

Foi a deliciosa comédia Sabrina que consolidou o nome de Audrey na fama. Ela faz a pequena e sonhadora filha do motorista de uma família rica, que viaja para Paris a fim de esquecer o amor pelo filho mais novo dos Larabees. No filme, ela toma um banho de loja na França e causa a maior confusão quando volta vestida como uma princesa (esse foi o primeiro filme em que usou as criações do estilista Givenchy) e mexe com os hormônios dos filhos do patrão: o irresponsável David e o durão Linus. O filme foi uma marco na então incipiente carreira de Audrey, que havia vencido o Oscar por seu primeiro filme hollywoodiano, mas foi a partir daqui que verdadeiramente se modelou. 



 Na categoria filme colorido, temos o filme japonês Portão do inferno com o figurino criado por Sanso Wada.



Em 1955, o filme Eu chorarei amanhã leva a estatueta na categoria filme em preto e branco, criado por Hellen Rose.

Privada de uma infância normal por causa da ambição da mãe, Katie (Jo Van Fleet), a jovem Lillian Roth (Susan Hayward) decide seguir a próprio rumo e com menos de 20 anos de idade torna-se uma estrela da Broadway. Pouco depois de seu casamento com uma antiga paixão, David Tredman (Ray Danton), fica viúva e então ela experimenta seu primeiro drink - e virão muitos, até que ela finalmente se torna alcoolatra. A vida de Lillian vira um caos: um novo casamento, agora com o imaturo aviador Wallie (Don Taylor), logo acaba em divórcio; e em seguida ela junta-se ao sádico e abusivo Tony Bardeman (Richard Conte). Desesperada, tenta o suicídio mas eis que nesse momento Burt McGuire (Eddie Albert) aparece para ajudá-la. É a chance que Lillian Roth tem para reencontrar a felicidade depois de muitos anos de tormento e desgraça. 
DVD não disponível no Brasil.




Na categoria de filme colorido, temos Suplício de uma saudade com os figurinos criado por Charles LeMaire.

Esta é uma das mais lindas e famosas histórias de amor das telas cinematográficas. Ambientado em Hong Kong durante a Guerra da Coréia, o filme narra a história de um correspondente de guerra americano (William Holden) e seu amor por uma linda médica eurasiana (Jennifer Jones). À medida que seu amor cresce, surgem problemas para atrapalhar sua felicidade. Ele deixou uma esposa em casa, e ela enfrenta a desaprovação de sua família e amigos. O destino também não parece querer ajudar. Todo o exótico esplendor de Hong Kong foi brilhantemente capturado pela magnífica fotografia de Leon Shamroy, e a trilha Sonora vencedora do Oscar® (Melhor Trilha Sonora, 1955) e a canção título (Melhor Canção Original, 1955) estão entre as melhores já compostas para o cinema. Suplício de Uma Saudade é indiscutivelmente um ponto alto da melhor tradição em filmes românticos de Hollywood. 

 Em 1956, o figurino de Jean Louis leva o Oscar de melhor figurino na categoria filme em preto e branco no filme O cadillac de ouro.



Na categoria filme colorido, O Rei e eu leva o Oscar de melhor figurino, criado pela figurinista Irene Sharaff.

Esta obra prima em termos visuais e musicais apresenta YUL BRYNNER, em interpretação premiada com o Oscar®, a inesquecível trilha sonora de Rodgers e Hammerstein e uma brilhante coreografia assinada por Jerome Robbins. É a história verdadeira de uma inglesa, Anna Leonowens (DEBORAH KERR), que vai ao Sião como professora da corte nos idos de 1860. Apesar dela logo se ver às turras com o teimoso monarca (BRYNNER), com o tempo tanto a professora, quanto o rei param de tentar mudar um ao outro e começam a se entender. Vencedor de seis prêmios Oscar®., O Rei e Eu contém alguns dos mais deslumbrantes cenários da história de Hollywood e uma coleção das músicas mais amadas, incluindo "Getting To Know You", "I Whistle A Happy Tune", "Hello, Young Lovers" e "Shall We Dance?" 


 Em 1957, não houve filmes em preto e branco concorrendo, o grande vencedor foi o filme Les Girls com o figurino criado por Orry-Kelly.



Depois de escrever um livro escancarando seus dias de dançarina na trupe ''Barry Nichols and Les Girls'', Sybil Wren (Kay Kendall) é processada por difamar sua antiga companheira de palco Angele (Taina Elg). Assim como no clássico ''Rashomon'', de Kurosawa, aqui a narrativa se desdobra em três episódios para contar três pontos de vista. Sybil acusa Angele de ter tido um caso com Barry (Gene Kelly); Angele, em seguida, diz que foi a amiga quem se enroscou com o sedutor dançarino; mas Barry entra na história para dar a sua versão dos fatos. 




 Em 1958, assim como no ano anterior, também não houveram filmes em preto e branco, o filme musical Gigi leva o Oscar de melhor figurino, criado por Cecil Beaton.




Gaston Lachaille (Louis Jordan) é um janota entediado com sua vida de milionário e especialmente com as mulheres da alta sociedade. Os melhores momentos, ele passa ao lado de Gigi (Leslie Caron), que pretende seguir os passos de sua tia se tornando uma cortesã. 



 Em 1959, fechando os anos 50, o filme Quanto mais quente melhor leva a estatueta de melhor figurino na categoria filme em preto e branco, criado por Orry-Kelly. A curiosidade desse filme é que os vestidos de Marilyn Monroe eram costurados no corpo para que ficassem justíssimos.

 Quando os músicos de Chicago Joe (Tony Curtis) e Jerry (Jack Lemmon) acidentalmente são testemunhas de um tiroteio entre gângsteres, eles rapidamente fogem em um trem para a Flórida, disfarçados como Josephine e Daphne, as duas mais novas e menos atraentes integrantes de uma banda de jazz composta só por garotas. Seu disfarce é perfeito, até uma cantora carente (Marilyn Monroe) se apaixonar por "Josephine", um experiente playboy (Joe E. Brown) se apaixonar por "Daphne", e um chefe da Máfia (George Raft) se recusar a deixar-se enganar por seu disfarce!





 Na categoria filme colorido, o épico Ben-Hur leva o Oscar de melhor figurino, criado pela figurinista Elizabeth Haffenden.



Épico clássico, o filme de William Wyler foi premiado com 11 Oscar e teve roteiro de Gore Vidal (sem créditos), especialmente na caracterização dos personagens Ben-Hur e Messala, vividos por Charlton Heston e Stephen Boyd. Traído por seu amigo Messala, Ben-Hur, o príncipe da Judéia, é enviado às galés onde se torna um escravo. Ao ser adotado por um nobre romano, planeja a sua vingança. 

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