Em 1950, surgia aquela que seria mais um ícone do design mundial, a caneta Bic talvez seja um bom exemplo que o bom design não morre jamais e é preciso muita vezes anos à fio para se aperfeiçoar e voltar o projeto para prancheta e recomeçar do zero. Foi o que aconteceu, muitos anos antes, em 1938, o inventor húngaro Ladislau Biro criou a esferográfica e colocou a caneta tinteiro no passado, porém a invenção dele tinha problemas como vazamento, falta de qualidade, péssima usabilidade e um custo muito alto. O fracasso dessa invenção era visível, porém o barão francês Marcel Bich enxergou um potencial nesse produto e comprou a patente de Ladislau após a II Guerra Mundial, em 1945.
Ele entregou o projeto para o estúdio de design francês Décolletage Plastique Design Team, que projetou o tambor transparente da caneta em poliestireno, o tampão em polipropileno, a esfera em carbureto de tungstênio e a ponta da caneta em bronze ou prata niquelada, e pronto nascia aí a caneta mais famosa do mundo e que escreveu a história da humanidade no pós-guerra. O barão então batizou a caneta de Bic que é o seu sobrenome abreviado.
A Bic Cristal virou uma febre, logo no lançamento em 1950, vendeu 10 mil unidades. Em 1954, a Bic se tornava uma multinacional e entrou nos mercados de outros países. Em 1965, o governo francês autorizou o uso de esferográficas nas escolas, fazendo que a produção aumentasse mais para atender a demanda. Em 2005, a Bic anunciou que já haviam atingido a marca de 100 milhões de canetas vendidas. Uma curiosidade que todo mundo pergunta é quanto rende a tinta da caneta, pelos testes feitos pode-se traçar uma linha de 3km com uma única caneta. Então o que podemos desejar é parabéns para a nossa caneta do dia-a-dia. Grande invenção do século XX.